O CTR (click through rate) – ou, simplesmente, taxa de clique – é a proporção entre quantas vezes certo resultado é exibido nos buscadores e quantas vezes é clicado.
Desde sempre, o CTR foi considerado um fator de rankeamento menor, mas, nos últimos tempos, tem ganhado destaque, especialmente por um estudo recentemente divulgado pela Searchmetrics.
Estudo mostra CTR como o principal fator de rankeamento; quão relevante será esse dado para SEO?
Há diversos estudos feitos globalmente para apontar os principais fatores de rankeamento. Antes de tratar como uma verdade absoluta, é preciso entender exatamente o que aquele estudo diz.
Por exemplo, alguns estudos, como o da Moz, que utilizamos neste e-book, foram feitos baseados em entrevistas com especialistas.
Outros, como alguns recentes da Ahrefs, SEM Rush e Searchmetrics, foram feitos baseados em correlação estatística sobre Big Data que essas companhias possuem. Se você não entende bem o que é correlação, consulte este link.
Em recente estudo da Searchmetrics, baseado em correlação estatística, o CTR foi apontado como o principal fator de rankeamento. Em outras palavras, quanto maior for o CTR, maior é a posição do site. Foi encontrada a correlação de 0,46, a mais alta de todo o estudo.
Bem, a primeira coisa a se observar é que o resultado é óbvio. Afinal de contas, quanto melhor a posição – assim se espera –, maior será a taxa de clique. E, pensando bem, o estudo até surpreende, pois aparentemente essa correlação poderia ser ainda maior. Mas há um fundo de verdade nesse dado. Vamos entender.
CTR como fator de rankeamento: entenda qual é a lógica
A taxa de clique, resumidamente, indica qual é o interesse por determinado resultado. Temos que considerar que posições mais próximas da primeira possuem, naturalmente, um CTR médio maior que posições mais baixas.
Porém, mesmo uma posição mais baixa, caso tenha um CTR acima do esperado, pode fazer com que o Google queira testar seu resultado numa posição superior.
Na imagem acima, por exemplo, se o resultado “C” tiver um CTR acima do que o esperado para aquela posição, é possível (não regra) que o Google o teste no lugar de “A” ou “B”. Portanto, sim, o CTR pode ser um fator de rankeamento.
Porém, em nosso entender, trata-se de um fator de rankeamento secundário e que serve mais para ajuste do que para definição.
Quando só o CTR pode aumentar em 47% o tráfego orgânico de uma página
O SEO é ganho nos detalhes de cada um dos mais de 200 critérios de rankeamento.
Quando um site atinge resultados superiores ao de seus concorrentes nas métricas de SEO, como conteúdo e autoridade, pode ser o momento de avaliar com maior profundidade métricas “secundárias”, como o CTR.
Em um caso de sucesso que tivemos aqui, na Conversion, que representava exatamente este cenário, obtivemos um sucesso com a otimização do título, que consequentemente aumentou o CTR na ordem de 47% em relação à média do período analisado.
Sobre o gráfico acima, é importante ressaltar que, nesse período, não houve mudança de posicionamento, apenas de CTR por tornar um título mais atrativo.
Porém, alguns dias depois, a página subiu para a primeira posição e o CTR aumentou ainda mais. Ou seja, tivemos um case de CTR como fator de rankeamento muito importante.
Conclusão
Podemos entender que, apesar do estudo do Searchmetrics apontar o CTR como tendo a maior correlação entre alta posições, esse não é um dado surpreendente, uma vez que é natural que, quanto maior seja a posição, maior também seja o CTR.
Em SEO, entretanto, não há uma fórmula mágica, mas sim muita análise de dados e trabalho científico.
No experimento que criamos, mesmo o CTR não sendo apontado como determinante em outros estudos, conseguimos aumentar bem o tráfego de uma página, e isso, posteriormente, ainda impactou em melhor posicionamento.
Quer entender o que funciona e o que não funciona em SEO? Isole fatores e crie experimentos – sempre com responsabilidade e respeitando as diretrizes de Webmaster do Google.