Confira Estados que mais compram em lojas virtuais e devem receber mais ICMS com mudança na legislação que começou a valer no último dia primeiro
Em 2016, uma nova regra para distribuição do ICMS está gerando polêmica. A mudança é gradual e já está valendo. A partir de 2019, 100% do ICMS deverá ser pago ao Estado de destino do pedido, ou seja, onde foi realizada a compra virtual. Para entender melhor o impacto da alteração, a consultoria Conversion preparou uma tabela com a participação em compras no comércio eletrônico, que movimentou R$ 55,81 bilhões em 2015.
Embora careça de números sobre a localização dos e-commerces (origem da mercadoria), a maioria deles fica nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Essas mesmas regiões realizam 58,9% das compras (destino da mercadoria), somando cerca de R$ 33 bilhões em pedidos no último ano. O restante do Brasil compra R$ 23 bi, e é aqui que estará a grande briga pelo ICMS.
Considerando o crescimento do e-commerce brasileiro, previsto para atingir R$ 149 bilhões em 2019, os Estados fora do eixo Rio-São Paulo irão comprar cerca de R$ 61,2 bilhões. Considerando que todas essas compras fossem realizadas de lojas virtuais localizadas fora de seus Estados, a expectativa é de uma briga por R$ 11 bi de impostos, considerando a alíquota de 18%.
“Para o consumidor nada muda, mas para o lojista a nova forma de cobrança do ICMS está gerando muita burocracia e gastos, além de acirrar a briga entre os Estados”, afirma David Pepe, diretor de E-commerce na Conversion, agência especializada no segmento de comércio eletrônico.
Estado | Participação em Compras ONLINE | Compras em 2015 | Compras em 2019 |
---|---|---|---|
São Paulo | 44,30% | 24,7 bi | 66 bi |
Rio de Janeiro | 14,60% | 8,1 bi | 21,8 bi |
Minas Gerais | 9,50% | 5,3 bi | 14,2 bi |
Rio Grande do Sul | 4,30% | 2,4 bi | 6,4 bi |
Paraná | 3,80% | 2,1 bi | 5,7 bi |
Bahia | 3,40% | 1,9 bi | 5,1 bi |
Santa Catarina | 3,10% | 1,7 bi | 4,6 bi |
Distrito Federal | 2,90% | 1,6 bi | 4,3 bi |
Espirito Santo | 1,60% | 893 mi | 2,4 bi |
Goiás | 1,50% | 837 mi | 2,2 bi |
Pernambuco | 1,40% | 781 mi | 2,1 bi |
Ceará | 1,30% | 726 mi | 1,9 bi |
Mato Grosso | 1,20% | 670 mi | 1,8 bi |
Pará | 0,90% | 502 mi | 1,3 bi |
Maranhão | 0,70% | 391 mi | 1 bi |
Mato Grosso do Sul | 0,60% | 335 mi | 894 mi |
Rio Grande do Norte | 0,60% | 335 mi | 894 mi |
Paraíba | 0,60% | 335 mi | 894 mi |
Rondônia | 0,60% | 335 mi | 894 mi |
Piauí | 0,50% | 279 mi | 745 mi |
Amazonas | 0,40% | 223 mi | 596 mi |
Alagoas | 0,40% | 223 mi | 596 mi |
Sergipe | 0,40% | 223 mi | 596 mi |
Tocantins | 0,30% | 167 mi | 447 mi |
Acre | 0,10% | 56 mi | 149 mi |
Roraima | 0,10% | 56 mi | 149 mi |
Amapá | 0,10% | 56 mi | 149 mi |